Céu das Temperanças

CÉU DAS TEMPERANÇAS

Quando te reencontrei, estavas agonizando.
Na areia movediça da fé cega afundavas.
Numa vida miserável, tola te afogavas.
Veneno pelo mundo, caminhavas espalhando.

Vivias uma experiência de caos profundo.
Experimentavas o amargo fel do passado.
Colhias das sementes que havias plantado.
Sofrias consequências de pretérito infecundo.

Nosso reencontro foi de almas sofredoras.
Pessoas que traziam histórias opressoras.
Seres confusos, dependentes de esperanças.

Unidos enfrentamos leis de ação e reação.
Carmas transcendemos plenos de superação.
Hoje trafegamos rumo ao céu das temperanças.

Alexandre Pimentel
Gravataí, 28 de setembro de 2017.
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Estação do Equilíbrio

ESTAÇÃO DO EQUILÍBRIO

Voltei e encontrei as guerras de consciência.
Crise de credibilidade na América Latina.
Furacões que arrastam o chão que descortina.
Terremotos sacudindo com total irreverência.

Cheguei e a Europa reproduzia suas crises.
Budistas expulsavam para fora  muçulmanos.
O Brasil desdenhava dos direitos humanos.
Políticos corruptos, influências e deslizes.

Minhas flores ao mundo inda são perfumadas.
Carrego a proposta de atitudes desarmadas.
Proponho a natureza de uma nova era.

Sou a estação do equilíbrio para a paz.
Uma doce energia para homens e animais.
Desperto compreensões e me chamo Primavera.

Alexandre Pimentel
Gravataí, 23 de setembro de 2017.
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23 de Setembro

23 DE SETEMBRO

Manhã de sábado, 23 de setembro de 2017.
Alguns dizem que hoje é o fim deste mundo.
Outros falam de um alinhamento tão profundo.
Prevêem a queda da humanidade inerte.

Oh Deus, perdoa os pobres catastrofistas.
Não há portal, nem milagre ou arrebatamento.
O fim está na pobreza deste vil entendimento.
O caos é a visão destes fundamentalistas.

Falsas datas que envergonham  fantasiosos.
Caem por terra crentes e supersticiosos.
Desabam hipócritas de alarmantes verdades.

Irmãos, não há saída senão a reforma interna.
Aquele bem da alma de experiência eterna.
O amor verdadeiro que constrói dignidade.

Alexandre Pimentel
Gravataí, 23 de setembro de 2017.
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Queda no Abismo

QUEDA NO ABISMO

Não imaginava o tamanho de teu mal.
Jamais pensei que reunisses tal perversão.
Desconhecia a agrura imensa de teu coração.
Tens mente olfídica, és um ser do lodaçal.

Teu veneno destila, a ti mesma destróis.
Capitalista extrema, com apego à matéria.
Carente de cultura, tua vida é uma miséria.
O próprio inferno tu cultivas e constróis.

Postura aracnídea, sempre pronta ao bote.
Perdeste a vergonha, a moral, o norte.
Pobre na consciência, bem forte no egoísmo.

E caso não libertes deste torpe apego.
Perderás dignidade, força e sossego.
Serás premiada com a queda no abismo.

Alexandre Pimentel
Gravataí, 19 de setembro de 2017.
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Rito de Passagem

RITO DE PASSAGEM

Escrevo sonetos para resistir à escravidão.
A tirania do corpo, comandante, entorpece.
Esta massa não sou eu, mas, por si, envaidece.
Converto poesias na catarse da emoção.

Luto contra Maya, deusa má, que manipula.
No contexto da matrix, desperto cedo em rimas.
Ascendo das cinzas, acordando em sinas.
Domino o demônio que persegue e estrangula.

Toda vez mergulho nesse transe poético.
Supero as ilusões deste mundo tão patético.
Ilumino as sombras da auto sabotagem.

E ao fugir de artimanhas, ondas hipnoticas.
Evito influências pesadas e robóticas.
Prossigo nas luzes desse rito de passagem.

Alexandre Pimentel
Gravataí, 19 de setembro de 2017.
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Faz Silêncio

FAZ SILÊNCIO

Por amor, não faça barulho neste lugar.
Aqui há pessoas que precisam refletir.
Somos muitas almas desejando  evoluir.
Vários cidadãos necessitando melhorar.

Auxilia com ausência abusiva de ruídos.
Respeita quem busca a recuperação.
Som exagerado também é poluição.
Estamos descansando, orando, recolhidos.

Tua voz é chamada à missão do inaudível.
Fala baixo transmitindo a palavra indizível.
Fecha os lábios, pois esta é ação inteligente.

Colabora oferecendo uma paz que silencia.
Faz silêncio nesta casa, doando energia.
Ajuda a construir a saúde integralmente.

Alexandre Pimentel
Gravataí, 18 de setembro de 2017.
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Natal da Denise

INATAL DA DENISE

Presentes dos céus fluirão em teu ser.
És um prêmio ao mundo, és toda beleza.
Representas para mim a sagrada natureza.
Teu encanto ecoa em cada amanhecer.

Mulher tão frugal de hábitos benditos.
És toda ternura cheia de sinceridade.
Espírito de paz e buscadora da verdade.
Tens a pura arte e o canto mais bonito.

Como eterno fã, então, convoco os altos céus.
Tens na alma a pureza e na terra os troféus.
És da hoste de Maria, és do bem trabalhadora.

Que o Cristo te consagre, abençoe, ilumine.
Neste teu aniversário mais de ti se aproxime.
Sublime companheira, minha  doce professora.

Alexandre Pimentel
Gravataí, 12 de setembro de 2017.
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Quando?

QUANDO?

Quando você escreveu um poema rimado?
Quando cantou um música até o final?
Quando ajudou, por amor, um animal?
Quando semeou um jardim perfumado?

Quando redigiu uma mensagem amorosa?
Quando festejou sem motivo e sem razão?
Quando ofereceu acolhimento ao irmão?
Quando praticou uma atitude grandiosa?

Quando agradeceu por estar hoje vivendo?
Quando se alegrou pelo dia estar chovendo?
Quando aproveitou divina oportunidade?

Quando apresentou ao sábio uma pergunta?
Quando organizou uma proposta conjunta?
Quando investigou o que é a realidade?

Alexandre Pimentel
Gravataí, 10 de setembro de 2017.
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Sementes

SEMENTES

Brinco de Deus fazendo pequenas criações.
Planto florestas coloridas, semeio bonanças.
Cavo fontes com espelhos de aguas mansas.
Alimento animais da natureza, guardiões.

Pela vida assim brinco, planto, cavo e alimento.
Sou fagulha de luz que provém da divindade.
Serei feliz na medida que espalhar felicidade.
Construo um mundo pleno de contentamento.

Herdeiro do pai-mãe que emanou o universo.
Quero eu também criar vitalidade e progresso.
Qual um sol miniatura, alumiar meu ambiente.

Juro espalhar jardins para o bem reflorestar.
Prometo, como os anjos, colorir, colaborar.
Sempre, onde estiver, deixarei uma semente.

Alexandre Pimentel
Gravataí, 9 de setembro de 2017.
http://sonetosdopimentel.blogspot.com.br