CONSERVADORISMO
Nada de novo desejo, quero ou busco.
Não interessam-me novas experiências.
Vivo o passado de vãs reminiscências.
Todas as luzes do progresso eu ofusco.
Sabores novos jamais vou experimentar.
As novidades todas queimo e rechasso.
Das teorias de outros tempos sou capacho.
Não há em mim a vontade de avançar.
Desacradito da ciência e de seus fatos.
Reiro Deus da consciência de meus atos.
Sou um quadrado cheio de superstição.
Todos os dias mesmas coisas eu repito.
No velho mundo busco força e acredito.
Perco meu tempo, a vergonha e a noção.
Alexandre Pimentel
Gravataí, 27 de fevereiro de 2018.
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