ADORAÇÃO
Como podes confundir súplica e cobrança?
Sou pueril, beijo tuas mãos, ternuras.
Tenho carências infantis, mas puras.
Junto de ti, retorno ao ser, criança.
Nada mais divino que olhar teus olhos.
Visa o que alarga em grandes profecias.
Enfrentando os carmas das burocracias.
És minha musa em êxtases notórios.
Como consegues negar o teu semblante?
Transformar-me num pedinte, mendigante.
Alguém que busca em teu ser inspiração.
Sofro, assim, por tua infeliz velocidade.
Intensa é a dor de me negares claridade.
Não reconheces minha plena adoração.
Alexandre Pimentel
Campinas, 26 de maio de 2018.
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