segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Choro na Madrugada

O choro que entoei na madrugada
confundiu com o uivar do minuano
meu pranto ressoou alto e profano
a escuridão do ser não ouviu nada.

Eis que soluço na secretitude lunar
fantasmas da noite zombam de mim
o lamento que sussurro não tem fim
catártico e convulsivo é meu chorar.

Não há quem me salve ou escute
a sofreguidão neste frio repercute
eis que funesto orvalho prenuncio.

Pelos terrores trafego em soluços
lágrimas vertem de olhos confusos
e nas reminiscências jamais confio.

Alexandre Pimentel
Porto Alegre, 16 de agosto de 2015.
http://sonetosdopimentel.blogspot.com.br

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