sábado, 6 de agosto de 2016

Ovídio Poético

Helios Seelinger, 1940, O Fauno e a Ninpha

OVÍDIO POÉTICO

Ovídio erótico, poesia noturna, sensual
teu conteúdo patético não era para mim
fostes, Ovídio, tão vivo, a ópera sem fim
durante muito tempo, em ti, não vi o mal.

Ovídio, percebi, eras enganoso, fanfarrão
musical Djavan no movimento amoroso
admirei por muitas noites, puro, desejoso
hoje descobrindo que eras para o chão.

Ovídio, te apaguei por um mero acidente
teu som, tua dança não me sei da mente
para minha punição e sem o meu saber.

Ovídio, fostes lindo, mas torpe e traidor
ao lembrar de ti vomito em náusea, dor
com amadurecimento poderei esquecer.

Alexandre Pimentel
Gravataí, 6 de agosto de 2016.
http://sonetosdopimentel.com.br

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