CORUJÃO
Mãe, não me interessa a cultura e o saber.
Como a coruja quero a noite celebrar.
Como vampiro a madrugada vaguear.
Quero expressar a violência de meu ser.
Nestas noites eu fico sempre acordado.
Jogos de morte em comilança artificial.
Abro cabeça a que entre todo o mal.
E cada vez me torno mais alienado.
Eu não gosto das comidas sem venenos.
Quando fico sempre em casa como menos.
Não tenho waffer, salgadinho e coca cola.
Acho caretas as conversas de amor.
Minha leitura é a apologia do terror.
Busco o outro lado do caminho da escola.
Alexandre Pimentel
Gravataí, 28 de outubro de 2017.
http://sonetosdopimentel.blogspot.com.br
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