PLANO CRONOLÓGICO
Perfumei o corpo e a alma a te esperar.
No tempo de um soneto vou desistir.
Ao final do verso deixarei de insistir.
Numa outra manhã, por ti vou chamar.
Sim, os desafios da existência chamam.
Bloqueiam o curso de profundos amores.
Provocam desconfortos, causam dores.
Colocam sob provas aqueles que amam.
Quanto a mim, fiquei só com os perfumes.
Talvez assim minh' alma se acostume.
Que eu esqueça do relógio biológico.
Nesta manhã sonhei beijos tão longos.
Como cura e prevenção a novos tombos.
Não funcionou meu plano cronológico.
Alexandre Pimentel
Gravataí, 3 de maio de 2018.
www.alexandrepimentel.com.br
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