FEMINICÍDIO
Ela: Quero separar, não suporto, estou sem paz.
Ele: Se repetir isso, vou perder a paciência.
Ela: Não dá mais certo, por favor, sem violência.
Ele: Vou acabar contigo, se não me amar mais.
Ela: Oh meu Deus, não aguento esse sofrer.
Ele: Sofrimento, você vai ver, se for embora.
Ela: Não tolero mais isso, vou sair agora.
Ele: Toma isso, vagabunda, agora vai doer.
Ela: Socorro, vizinha, ele está me agredindo.
Ele: Agressão nada, você estava era pedindo.
Ela: Por favor, por favor, abaixa essa arma.
Ele: Vou lhe mostrar como se trata uma piranha.
Ela: Não atire, você com isso nada ganha.
Ele: Toma, cadela, o diabo leve a sua alma...
Alexandre Pimentel
Gravataí, 28 de maio de 2019.
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