Desconheço o lugar onde tu moras,
não imagino o que se passa em tua mente,
falas comigo, vez em quando, raramente,
hoje não sei se tu sorris ou se tu choras.
Não dizes nada, não dirige-me o verbo,
monossilábica é tua tímida expressão,
mostra-te fria, sem amor, sem coração,
no afastamento silencioso e soberbo.
Teu ostracismo traz-me mágoas dolorosas,
pois sinto um peso de atitude rancorosa,
num sentimento que da alma nunca sai.
Então transmuto essa tristeza em poesia,
oro por ti com as melhores energias,
quem sabe um dia, volte a ser o teu papai.
Alexandre Pimentel
Gravataí, 13 de agosto de 2022.
www.alexandrepimentel.com.br
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