Queimo, em luzes, o fardo da tristeza,
em labaredas ardentes, sem piedade,
num ritual que prenuncia a liberdade,
abandono as feridas, a aspereza.
O fogo consome o peso da existência,
queimando os espinhos de meu peito,
transmutando a dor num doce efeito,
assim renasce a plenitude, em experiência.
A vida se revela em novos matizes,
tornando os caminhos mais felizes,
e tristezas se transmutam em memórias.
A compreensão invade inteira o intelecto,
o ser medita no silêncio em tempo certo,
na fogueira que ilumina a vitória.
Alexandre Pimentel
Gravataí, 2 de agosto de 2023.
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