DO ENTE JOVEM
Na tela um jogo, muitos tiros e matança.
Sobre a mesa pacote de bolacha recheada.
Na cabeça um boné de caveira escancarada.
Sobre o boné o capuz que oprime a criança.
Muito pouco estudo, horas no computador.
Roupinha da moda, no shopping a devoção.
No terror da madrugada com filme diversão.
Fast food com refri no perfil devorador.
Nada verde ou natureza, culto ao artificial.
Relações sem amizade com amor superficial.
Celular janela para o mundo ultrapassado.
Sem política, sem ciência, sem cultura.
Sem pesquisa, sem caminho, sem leitura.
Jovem torpe, doente, urbano e alienado.
Alexandre Pimentel
Gravataí, 26 de abril de 2017.
http://sonetosdopimentel.blogspot.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário