O QUE NÃO SOU
Não sou o corpo de carne tão denso.
Não sou as emoções de águas violentas.
Não sou os pensamentos do ar que venta.
Não sou a sensação desvairada que penso.
Não sou o torpor de um cadáver futuro.
Não sou a alegria, nem mesmo a tristeza
Não sou concepções da mente em estreiteza.
Não sou o que imagino, tampouco o que juro.
Não sou o vulcão que explode em labareda.
Não sou o tsunami que arrebenta as veredas.
Não sou o furacão que destrói o campo fértil.
Não sou o tapa que marca a face bela.
Não sou a inveja que agressiva se revela.
Não sou o arco que arremessa o projétil.
Alexandre Pimentel
Gravataí, 16 de abril de 2017.
http://sonetosdopimentel.blogspot.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário