CARONA VÍRUS
Não tenho medo de você, seu viruzinho,
montei defesas contra tua companhia,
possuo hábitos saudáveis em harmonia,
não bebo tintas, não consumo docinhos.
Você é um bichinho danado e caroneiro,
depende de fraqueza, da baixa imunidade,
você é o retrato mais bizarro da maldade,
surgida da sujeira, do consumo carniceiro.
Sei que você gosta de comida artificial,
resulta da miséria e do veneno cultural,
seu papel é de culpado, de bode expiatório.
Serzinho virulento, nesse corpo não tem vez,
aqui tem sangue limpo, força, vida, altivez,
tentar me atacar será um ato vexatório.
Alexandre Pimentel
Gravataí, 29 de fevereiro de 2020.
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