ORA, ORA...
Ora como se, no corpo, fosse hoje teu último dia.
Ora como se a oração fosse recurso derradeiro.
Ora como se orar fosse o caminho mais ligeiro.
Ora como se estivesses numa cova muito fria.
Ora como se fosses privado de tua liberdade.
Ora como se tivesses perdido ternura e amor .
Ora como se teu corpo enfrentasse intensa dor.
Ora como se tivessem te furtado a integridade.
Ora como se teu choro, tão sentido, não passasse.
Ora como se teu maior amor te abandonasse.
Ora como se a vida não tivesse mais sentido.
Ora como se enfrentasses o infortúnio e a doença.
Ora como se vivesses em tristeza muito intensa.
Ora como se esse teu sofrer fosse infinito.
Alexandre Pimentel
Gravataí, 7 de outubro de 2020.
www.alexandrepimentel.com.br
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