OVO DA SERPENTE
Minha violência interna não andava mais à vista,
escondia, numa toca, os preconceitos arraigados,
não tinha ainda fanatismo e não andava junto ao gado,
mas já odiava pobre, afro, índio, gay e socialista.
Porém havia um ovo de serpente encaminhado,
oferecido, em hipnose, a sectários, conspirantes,
distribuído a neonazistas, salafrários e farsantes,
até que, um dia, desovasse num macabro resultado.
Do tal ovo assim surgiu um ser olfídico, venenoso,
foi então que veio à tona o bicho feio, esse tal Bozzo,
que abriu-me as portas do covil, de uma seita miliciana.
Ele picou-me com um exemplo doentio, intimamente,
enstimulou-me a rastejar com meu pior, externamente,
desta forma eu assumi-me, mente fraca e leviana.
Alexandre Pimentel
Gravataí, 20 de setembro de 2021.
www.alexandrepimentel.com.BR
#pimentelpoeta
sábado, 25 de setembro de 2021
Ovo da Serpente
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