segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Tempos Afastados

Pelo tempo dolorido estou
a colheita está  tão  comprida
desafios são inteiros pela vida
não  há  resposta para onde vou.

Como eu assim poderei amar
se a mim próprio ataco e saboto
diariamente transcendo o foco
e o mundo engendra um reiventar?

Como seguirei contigo, amor
se o cotidiano é  superar torpor
e os  dias  são  tão carregados?

Como hoje pegarei tua mão
se evidências apontam que não
e nossos tempos estão  afastados?

Varjão do Torto, 08 de fevereiro de 2015.
Alexandre Pimentel
http://sonetosdopimentel.blogspot.com.br

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