PERDOA AMOR
Perdoa, amor, minha indevida incompreensão.
Palavras desgastadas, pronunciadas sem pensar.
A grande invigilância em meu pesado criticar.
Fortes gestos, indigestos, de revolta e ingratidão.
Perdoa, amor, a insobriedade que, deveras, ensurdece.
A arrogância que cega e macula os sentimentos.
O tom, desordenado, que comanda os movimentos.
A cabeça que se exalta, o coração que empalidece.
Perdoa, amor, a cobrança que vem na forma errada.
A expressão de minha fala infantil, equivocada.
O silêncio que provém de incontrolável egoísmo.
Perdoa, amor, as vezes que não digo "eu te amo".
Os momentos que ao meu peito não te chamo.
A insegurança, a alma em crise, o pessimismo.
Alexandre Pimentel
Gravataí, 23 de julho de 2019.
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