sábado, 25 de janeiro de 2020

Procuro um Dono

PROCURO UM DONO

Quando filhote passei de mão em mão.
Imaginavam que eu fosse um brinquedo.
Tive doenças,  confusões e muito medo.
Fiquei um tempo, trancafiado num porão.

Sou um cãozinho de boa raça, indignado.
Morei em casas bem esnobes, decadentes.
Seres sem alma, sem amor, impacientes.
Fiquei nas ruas, esquecido e abandonado.

Como pode o ser humano ser tão mal?
Abandonar, deixar na praça um animal.
Ser cruel com um irmão que sente e vive.

Por isso, amigos, em adoção, me ofereço.
Busco alguém que mostre raça e apreço.
Pois donos, doidos, vira latas, eu já tive.

Alexandre Pimentel
Gravataí, 22 de janeiro de 2020.
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