segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

Perdoai-me

PERDOAI-ME

Perdoai-me os rompantes de desarmonia.
Perdoai-me os impulsos, pueris, malogrados.
Perdoai-me o soluço sem razão, desafinado.
Perdoai-me a constante e costumeira apatia.

Perdoai-me os agitos internos, sem limites.
Perdoai-me o sono para a luz da verdade.
Perdoai-me a preguiça, a inércia, a vaidade.
Perdoai-me os olhares, defeitos e palpites.

Perdoai-me a prepotência que reduz o ser.
Perdoai-me a arrogância que faz retroceder.
Perdoai-me a ousadia sem propósito vital.

Perdoai-me a invigilância profunda, desatenta.
Perdoai-me a decadência que causa a tormenta.
Perdoai-me, oh Senhor, a lerdeza espiritual.

Alexandre Pimentel
Gravataí, 10 de fevereiro de 2020.
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