terça-feira, 13 de julho de 2021

Forasteiro

FORASTEIRO

Há dois anos estou de mala pronta, arrumada,
vagando pelas casas, não sabendo onde moro,
só de olhar para esta mala, sofro muito, choro,
perguntando onde fica meu lar, minha morada.

Carrego roupas, calçados, aparelhos, sonhos,
seguidamente transferido de lugar para lugar,
sempre me expulsam, pois não podem suportar,
meus sentimentos e vislumbres tão medonhos.

Eis minha sina de cigano, de andarilho errante,
trafegando por estradas, cidades bem distantes,
sem lugar no mundo, sem ninho verdadeiro.

Há um biênio venho, assim, de galho em galho, 
qual carta descartável, apartada do baralho,
no encontro do destino de viajante forasteiro.

Alexandre Pimentel 
Pirenópolis, 11 de julho de 2021.
www.alexandrepimentel.com.br

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