segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Carta à Mamãe

CARTA À MAMÃE

Oh, como te amo, querida mamãezinha.
Agradeço teu amor legal, de vista grossa.
Que não dá limites ao que faça ou possa.
Assim vou crescendo, como erva daninha.

Não tens a noção dos jogos que escravizam.
Nunca imaginas os sites que frequento.
Nem eu próprio, mãe, essa vida aguento.
Fantasmas horríveis, a mim, vampirizam.

O computador é meu brinquedo e perdição.
É do celular que mexo, que recebo educação.
Não importa mais escola, nem conhecimento.

Estou muito doente, dependente e alienado.
Somente o virtual é terapeuta e aliado.
E foi com teu aval que alcancei esse tormento.

Alexandre Pimentel
Gravataí, 9 de novembro de 2019.
www.alexandrepimentel.com.br

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